
RIO - Demorou dez anos, mas o UFC (Ultimate Fighting Championship), principal evento de artes marciais mistas (MMA, em inglês) do mundo, chegou ao Brasil. Nesta segunda-feira, em solenidade no Palácio da Cidade, com a presença do prefeito Eduardo Paes, foi lançado oficialmente o UFC Rio, competição que reunirá alguns dos melhores lutadores do planeta no dia 27 de agosto do ano que vem no HSBC Arena, na Barra da Tijuca. O Brasil tem 36 lutadores no UFC e quatro deles estão entre os dez melhores de todas as categorias. O país é um dos mais importantes do esporte e enfim terá a chance de sediar uma edição da competição.
Lutadores de MMA festejam chegada do UFC ao Rio
- Hoje estamos respondendo uma questão antiga que todos nos faziam, sobre quando iríamos lutar no Brasil - admitiu Lorenzo Fertita, dono da marca UFC.
Dana White, sócio de Fertita e presidente do UFC, se esquivou da pergunta sobre um eventual atraso da chegada do evento ao país, grande celeiro de campeões do esporte. Além deles, participaram da coletiva os maiores nomes brasileiros do octógono, como Vítor Belfort e os campeões mundiais Anderson Silva (peso médio), Maurício Shogun Rua (meio pesado) e José Aldo (categoria pena), além da legenda Royce Gracie.
- Agora em janeiro fará dez anos que adquirimos a marca UFC. E esse tempo foi de muito trabalho nos Estados Unidos, para consolidar a marca, até que então começou a expansão internacional. Foi tudo muito rápido. Antes não era a hora certa. Agora é a hora certa - declarou. - Hoje é um dia histórico para o UFC - acrescentou, para informar em seguida que o evento movimenta nas cidades que o acolhem valores que variam de US$ 15 milhões a US$ 50 milhões (entre R$ 25 milhões e R$ 85 milhões).
O prefeito Eduardo Paes ganhou de presente dos organizadores um cinturão idêntico aos que normalmente são dados aos campeões. Ele citou a realização da Copa do Mundo de futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 e disse que o UFC é mais uma importante conquista da cidade. Paes confessou ter ficado surpreso com a dimensão do UFC, que para a edição de Sydney, na Austrália, em janeiro do ano que vem, vendeu 18 mil ingressos na internet em apenas duas horas, segundo a organização.
- É impressionante a quantidade de pessoas que se aproximaram para me cumprimentar quando souberam que o Rio teria um evento de UFC. Claro que quero exclusividade, não vou deixar ir para lugar nenhum no Brasil - brincou Paes, dizendo-se "peso leve" quando ergueu o cinturão para os fotógrafos.
O prefeito deu a ideia de levar o evento para além da arena na Barra. Na Praia de Copacabana, por exemplo.
- Talvez não uma luta, mas a pesagem (feita normalmente no dia anterior ao combate) poderia ser na praia. Seria uma grande promoção, uma forma de aproximar ainda mais o grande público. O evento pela primeira vez tem o nome da cidade em que será disputado: UFC Rio. Estamos muito felizes com isso - comentou o secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Melo.
Os ingressos para o UFC Rio começam a ser vendidos em maio. Por enquanto, não há definição sobre lutadores e combates. É cedo para saber quem estará no octógono carioca. Em fevereiro haverá uma edição em Las Vegas (EUA), com duelo brasileiro entre Anderson Silva e Vítor Belfort. Daí poderá sair o nome que vai defender o cinturão dos médios no Rio de Janeiro. Mesmo sem poder adiantar detalhes, Dana White promete:
- Temos um caminho longo até agosto. Mas posso garantir que serão confrontos fantásticos
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